A educação universitária é um período de desafios, e os estudantes universitários estão expostos a muitos fatores de estresse, como uma carga considerável de estudos (muitas vezes com trabalho ao mesmo tempo), multitarefas, novas responsabilidades, alterações no sono e nos hábitos alimentares e de atividade física, estressores sociais, e por fim preocupações e incertezas sobre o futuro.
Isso se soma ao contexto atual de nossa sociedade, caracterizado pelo acesso ilimitado à tecnologia, o que potencializa uma sensação de falta de controle sobre suas próprias vidas, intensificando a percepção de estresse (sabemos que quanto mais sensação de controle, menos percepção de estresse, e vice-versa).
Pesquisas recentes revelam que os problemas de saúde mental são muito comuns entre os estudantes universitários, com altos índices de depressão e ansiedade. Infelizmente, tem sido cada vez mais comuns relatos de pensamentos suicidas ou mesmo tentativas de suicídio associados a um sentimento de solidão, dificuldades familiares e nas relações íntimas, e outras preocupações interpessoais. Além do impacto psicológico e social desses problemas de saúde mental, o desempenho acadêmico dos alunos fica
baixo e aumentam as taxas de abandono escolar, o que representa um problema para a sociedade em geral.
Nesse contexto, programas de mindfulness dentro das Universidades são cada vez mais comuns (saiba o que é mindfulness, clicando aqui). Apenas uma pequena porcentagem dos estudantes universitários recebe apoio ou tratamento médico ou psicológico dentro dos serviços universitários, e os programas de mindfulness tem entrado nessa lacuna como uma alternativa baseada em ciência.
Os programas podem ser os mesmos usados para adultos em geral, como o Programa de Redução de Estresse baseado em Mindfulness (MBSR, em inglês). Os resultados são muito interessantes e promissores, por exemplo: melhorias no bem-estar subjetivo e diminuição do sofrimento psicológico, com a diminuição de sintomas de ansiedade, depressão e dos níveis de cortisol (hormônio do estresse). Esses efeitos positivos ocorrem independentemente do tipo de curso de graduação, sendo que estudantes de todas as áreas são beneficiados, incluindo, alunos de medicina, psicologia, serviço social, enfermagem, terapia ocupacional, entre outros.
Vamos praticar?
Apoie a implementação de “Mindfulness (Atenção Plena) como Política Pública na Saúde e Educação” no Brasil. Clique aqui e apoie essa ideia legislativa para ser debatida pelo Senado Brasileiro.
Garcia-Campayo & Demarzo. ¿Que sabemos de Mindfulness? Kairós Editorial, 2018.
Para saber mais:
www.mindfulnessbrasil.com (Mente Aberta – Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde – UNIFESP)
www.webmindfulness.com (WebMindfulness – Grupo de Pesquisa Coordenado pelo Prof. Javier García-Campayo – Universidad de Zaragoza, informações em espanhol)
www.umassmed.edu/cfm (Centro de Meditação “Mindfulness” na Medicina, Universidade
de Massachusetts, Estados Unidos, informações em inglês)
Fonte – Uol
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