Mindfulness em tempos de coronavírus: como começar a praticar?

abr. 16, 2020

Praticar mindfulness (atenção plena) é uma das ferramentas úteis e testadas cientificamente para lidarmos com o estresse do dia a dia. Na coluna desta quarta-feira (15), no UOL, ensino uma técnica simples e breve para quem quiser começar a dar os primeiros passos em mindfulness nesses tempos difíceis de coronavírus.

Como sabemos, mindfulness pode ser treinado e aprendido com o uso regular de técnicas simples, que chamamos de práticas ou exercícios de mindfulness, muitas delas derivadas de algumas técnicas antigas de meditação, mas aplicadas num contexto científico e nãoreligioso.

Apresento a seguir um desses exercícios, a “prática de 3 passos de mindfulness” (ou antigamente chamada de “3 minutos de mindfulness”), que pode ser um primeiro passo para aqueles que desejam iniciar seu caminho em mindfulness.

Ela é fácil de fazer e incluir em nosso dia a dia. Esse exercício é como se fosse uma pequena pausa de consciência em nossa agenda diária (simplesmente “parar e prestar atenção”), podendo ser feita várias vezes por dia (sugiro fazer pelo menos 3 vezes ao dia).

Essa prática também pode ser usada antes ou depois de momentos estressantes, como por exemplo, reuniões de trabalho, conversas difíceis, situações que geram frustração, pois nos ajuda a estarmos mais conscientes e menos reativos nessas situações mais complicadas do dia a dia.


Algumas dicas e cuidados antes de começar

Antes de começarmos, algumas dicas e orientações são importantes:

  • Idealmente, no início do treinamento, devemos encontrar um lugar um pouco mais silencioso e com menos distrações (depois que aprendermos a técnica, ela poderá ser usada em qualquer lugar ou situação);
  • Sentar-nos ou deitar-nos em uma posição que permita pouco ou um menor desconforto físico durante o tempo de prática. O uso de colchonetes, travesseiros ou almofadas pode ajudar, quando possível;
  • Os olhos podem estar fechados ou abertos. Quando abertos, estes devem ficar relaxados, sem focagem específica;
  • Conforme formos mais regulares com as práticas, melhores serão os benefícios e progressos;
  • Termos em mente que as práticas de mindfulness devem estar num contexto de autocuidado, ou seja, não devemos nos forçar nos exercícios, por mais simples que sejam;
  • Para pessoas com alguma doença aguda ou crônica (pacientes), o apoio de um instrutor qualificado e de um profissional da saúde é fundamental.



Com as dicas e cuidados em mente, acesse o artigo completo no UOL e conheça a “prática de 3 passos de mindfulness“.

Referência: Demarzo & Garcia-Campayo. Manual Prático de Mindfulness: curiosidade e aceitação. Editora Palas Athena, 2015


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