Embora nossa mente esteja sempre pensando (é da natureza da mente pensar…), podemos perceber a diferença entre dois grandes tipos de pensamentos: os “conscientes e voluntários” (em geral, menos prevalentes), e os “inconscientes e involuntários” (a grande maioria). A diferença entre eles pode ser percebida com base em suas características:
Pensamento consciente e voluntário
Dois exemplos seriam pensarmos voluntariamente sobre a preparação de uma palestra que daremos em alguns dias ou semanas; ou planejarmos uma conversa com colegas de trabalho sobre um problema concreto.
No pensamento consciente, que geramos de forma voluntária, costuma haver uma certa distância entre nós e o pensamento, ou seja, mais sensação de controle voluntário dos mesmos.
O envolvimento emocional não é tão intenso, é algo mais leve, e os pensamentos não necessariamente se encadeiam uns aos outros de maneira contínua ou automática.
Alguns exemplos seriam pensarmos automática e continuamente em nossas relações com chefes ou colegas de trabalho, com os quais discutimos frequentemente; ou termos pensamentos persistentes e involuntários sobre as dificuldades financeiras para chegarmos ao fim do mês.
Com esses pensamentos (que não são gerados por nós, ou seja, aparecem espontaneamente) temos uma maior identificação emocional (eles “grudam” emocionalmente em nós).
Em geral, nesses casos, não sentimos uma separação entre nós e os pensamentos, eles apresentam uma textura mais pesada e, frequentemente, formam um fluxo “ruminativo” e repetitivo de pensamentos encadeados, inacabáveis.
Temos menos sensação de controle, e não nos damos conta do tempo que passamos pensando porque somos absorvidos pelos pensamentos.
Essas distinções que apresentei são meramente acadêmicas e didáticas. O processo normal no dia a dia é que podemos começar a pensar conscientemente em algo (por exemplo, o que dizer a um amigo com quem tivemos um problema) e, poucos segundos depois, entrar sem perceber no pensar “inconsciente” e involuntário do tipo “o que eu fiz de mal para que ele não gostasse tanto de mim; deveria ter feito isso ou aquilo, etc.”
Em outras palavras, tentamos pensar conscientemente, de maneira planejada e organizada, sem muito envolvimento emocional sobre um tema para buscarmos soluções e, poucos segundos depois, estamos ruminando preocupações relacionadas ao tema e acabamos nos perdendo durante um bom tempo e de forma improdutiva.
A prática regular da atenção plena (mindfulness) pode nos ajudar de 2 maneiras nessas situações:
Vamos praticar?
Demarzo & Garcia-Campayo. Manual Prático de Mindfulness: curiosidade e aceitação. Editora Palas Athena, 2015.
www.mindfulnessmeeting.com (International Meeting on Mindfulness – Congresso científico internacional – São Paulo – 12 a 15 de junho de 2019)
www.mindfulnessbrasil.com (Mente Aberta – Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde – UNIFESP)
www.webmindfulness.com (WebMindfulness – Grupo de Pesquisa Coordenado pelo Prof. Javier García-Campayo – Universidad de Zaragoza, informações em espanhol)
www.umassmed.edu/cfm (Centro de Meditação “Mindfulness” na Medicina, Universidade de Massachusetts, Estados Unidos, informações em inglês)
Fonte: UOL
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